sábado, 14 de março de 2009

Um pouco de Freinet ...

A pedagogia Freinet é uma importante alternativa para o trabalho em Educação Infantil. Para alguns autores essa prática nos afasta de duas tendências dominantes: o infantilismo -- que deixa a criança aquém de suas possibilidades -- e o escolarismo, que quer preparar a criança muito cedo para a escola do ensino fundamntal.
São requisitos dessa prática pedagógica, a organização no trabalho com a criança e seus princípios, a autonomia, a cooperação, a expressão livre.

Em 15 de outubro de 1896, nasce Célestin Freinet, em Gars, região de Provença, no sul da França. Na adolescência, muda-se para Nice, onde inicia o Curso de Magistério. Com o advento da Primeira Guerra Mundial (1914–1918), Freinet interrompe seus estudos e alista-se no exército. Os gases tóxicos utilizados na guerra prejudicam seus pulmões e, por isso, ele tem baixa do exército. Mesmo sofrendo desse mal, Freinet dá início às suas atividades como professor-adjunto, mesmo sem ter ainda concluído o Curso Normal. Em sua prática pedagógica, estabelece um sensível contato com os alunos, o que lhe permite desenvolver atividades voltadas para o interesse real das crianças. No período entre 1921 e 1924, trabalha, paralelamente às suas atividades de magistério, com aldeões, e funda uma Cooperativa de Trabalho. Dá início também às primeiras correspondências entre as escolas através das quais estabelece uma troca de experiências entre elas. Entre os anos de 1926 e 1928, casa-se com a artista plástica Elise, edita o livro A Imprensa na Escola, cria a revista La Gerbe (O Ramalhete), com poemas infantis, e funda a Cooperativa de Ensino Leigo; depois segue com Elise para trabalhar em Saint Paul.

Algumas técnicas criadas por Célestin Freinet.

Aula das Descobertas - Célestin Freinet acreditava muito que os interesses de seus alunos (assim como nos nossos) não estava dentro da escola e sim fora dela. Ele desenvolveu essa técnica educacional visando motivar os alunos, através da ação, tentando trazer a vida para dentro da escola.

Auto-Avaliação - São fichas feitas pelo próprio educador, nessas fichas o aluno deve registrar tudo o que aprende sempre que um tema é concluído. Assim, o educador tem a oportunidade de acompanhar o progresso do seu aluno e o aluno não se sente avaliado, o que muitas vezes prejudica.

Correção - Antes do texto ser enviado para a Impressa Escolar, é necessário que o texto seja corrigido. A correção pode ser feita pelo educador, coletivamente, individualmente ou então, através da auto-correção, assim o aluno percebe o erro e aprende com ele, o erro torna-se significativo.

Correspondência Interescolar - Nessa atividade os alunos tem a oportunidade de conhecer outros alunos de comunidades diferentes, assim eles aprendem um pouco sobre outros costumes, se deparam com outras realidades. A pluralidade é bastante desenvolvida nesta atividade. Pode começar com uma escola vizinha, se estendendo até mesmo as escolas de outros países, o material a ser enviado pode ser inúmeros: desenhos, fitas cassetes, fitas de vídeo e hoje em dia é claro o e-mail.

Fichário de Consulta - As fichas são feitas pelos próprios alunos e educadores, essas fichas servem para facilitar a assimilação de assuntos a serem estudados. São exercícios, passatempos ou artigos para simples informação. Célestin Freinet acreditava que os livros didáticos estavam muito fora da realidade dos alunos.

Impressa Escolar - Na sua época, Célestin Freinet usava o límografo para a divulgação dos textos dos seus alunos, mas com a modernidade dos dias de hoje tudo ficou mais fácil, podemos usar o computador e as máquinas de xerox. Pode ser um registro sobre aula das descobertas, uma entrevista, pesquisas entre outros. A divulgação pode ser interna, só dentro da escola ou então feito um jornalzinho enviado para outros da sociedade.

Livro da Vida - Ele é muito parecido com um diário, o registro é livre, ou seja, o aluno escreve no momento em que estiver com vontade e sobre o assunto que quiser, não precisa ser especificamente assunto escolar. O registro pode ocorrer de diversas maneiras, com desenhos, escrita, colagens ou outra forma que encontrarem.

Plano de Trabalho - São grupos de alunos que se organizam para desenvolver determinado tipo de trabalho, o educador pode partir do próprio currículo escolar e escolher o tema. O número de integrantes é livre, fica a critério da classe, o registro do trabalho do grupo deve ser feito semanalmente, para que o educador possa acompanhar o desenvolvimento até a conclusão do mesmo.

Um pouco mais sobre as técnicas da Pedagogia de Célestin Freinet

Ele criou essas técnicas baseando-se na livre expressão e nas descobertas feitas pelo tateamento experimental, a cooperativa escolar é a base para todas essas atividades serem desenvolvidas, apesar de tudo ser bem definido na Pedagogia Freinet ela deve ser vista numa totalidade e não fragmentada. Graças ao comunicação existente entre os educadores dessa pedagogia e com os avanços da informática, novas técnicas surgem e as já existentes são mais bem elaboradas.

“As técnicas Freinet não são atualmente o que eram em 1940, pois novos instrumentos e novas técnicas vieram enriquecer e, da mesma maneira, facilitar o nosso trabalho.
Igualmente, não serão em 1980 o que são hoje, se formos capazes de fomentar, juntos, os progressos técnicos indispensáveis.
A Escola Moderna não é nem uma capela nem um clube mais ou menos restrito, mas, na realidade, uma via que nos conduzirá aquilo que, todos juntos, construirmos”. (Célestin Freinet)

Aula-Passeio-
Biblioteca-
Cantos de Atividades-
Complexos de Interesse-
Correspondência Interescolar-
Estudo do Meio-
Fichário Autocorretivo-
Fichário Escolar Cooperativo-
Imprensa na Escola-
Jornal Escolar-
Jornal Mural-
Livro da Vida-
Planos de Trabalho-
Texto Livro

Andreza Alves da Silva
Pedagoga formada em Administração Escolar

quarta-feira, 11 de março de 2009

Um pouco de poesia...

"Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares, em todas as épocas do ano,dormindo ou acordado."
(Shakespeare)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Nossos Formadores


Esse tempo veio como um desafio, um sonho de construir aprendizagens significativas, de atuar e transformar a realidade da prática pedagógica para os pequenos. Dar vazão a essas conquistas só foi possível pala participação ativa e efetiva desses formadores, não não contiveram esforços para mediar o conhecimento até nós.


Norma Lúcia Queiroz
Professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB). Doutora em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da UnB. Mestre em Educação e graduada em Pedagogia e Licenciada em Língua e Literatura Portuguesa pela mesma universidade. Autora dos textos, publicados pelo SESI DN Nacional: Políticas de Alfabetização de jovens e adultos, 2003 e Práticas Supervisoras em EJA: Letramento e Alfabetização, 2005.


Tatiana Figueirêdo Nunes de Oliveira
Graduada em Letras (Português-Inglês) desde 1995, Mestre em Educação pela Framingham State College, Massachusetts, Estados Unidos, em 1998. Professora de Alfabetização, professora universitária e consultora do Ministério da Educação (MEC)/Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa (INEP) do Fundescola/Praler e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Publicou livros literários para o público infantil (Coleção 1,2,3... Leia outra vez).

Nossos Formadores


Rosineide Magalhães de Sousa

Professora universitária, Mestre em Sociolinguística Interacional pela Universidade de Brasília (UnB) e doutoranda em Linguística nessa mesma universidade. Trabalha com formação continuada de professores de alfabetização e séries iniciais desde 2000 e foi professora de Língua Portuguesa dos Ensinos Fundamental e Médio da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

Leandro Gabriel dos Santos

Graduado em Pedagogia pela Universidade de Brasília (2001), especialista em Administração da Educação e mestre em Educação pela Universidade de Brasília (2007), na área de Políticas Públicas e Gestão Educacional. Atualmente é professor do Centro Universitário do Distrito Federal, da pós-graduação das Faculdades JK, professor-tutor do Centro de Educação a Distância da UnB e professor da Faculdade Brasília deTecnologia, Ciências e Educação. Possui experiência nas áreas de Supervisão e Orientação Educacional, Educação a Distância, Violência Escolar, Coordenação Pedagógica, Administração e Gestão Educacional.

BERNARDETTE DE CASTRO SALLES

Bernardette iniciou sua carreira aos quinze anos, como assistente de uma classe de alfabetização numa renomada escola de Educação Infantil - Centro de Puericultura Pica Pau Amarelo em Belo Horizonte/MG. Estimulada pela experiência e com uma enorme curiosidade sobre o processo de aquisição da leitura e escrita, quis trabalhar com classes de 5 e 6 anos, para melhor compreender esse processo de aquisição de língua escrita numa instituição escolar.

Esse tempo veio como um desafio, um sonho de construir aprendizagens significativas, de atuar e transformar a realidade da prática pedagógica para os pequenos. Dar vazão a essas conquistas só foi possível pala participação ativa e efetiva desses formadores, não contiveram esforços para mediar o conhecimento até nós.

Nossos Formadores


MAYSA BARRETO ORNELAS
http://lattes.cnpq.br/9246632454779305
Formação
Graduada em Português pelo CEUB, em 1988.
Graduada em Pedagoga pelo CEUB, em 1995.
Mestre em Educação pela UnB, em 2002.
Especialista em Design Instrucional para EaD Virtual: tecnologias, técnicas e
metodologias, pela Universidade Federal de Itajubá.
Atuação
Professora da Educação Infantil ao Ensino Médio na Rede Púbica de Ensino do Distrito Federal desde 1986.
Professora formadora em cursos para professores desde 1996.
Autora de materiais para cursos a distância desde 2004.
Consultora e Design Educacional para cursos a distância a partir de 2008.

domingo, 23 de novembro de 2008

Nossos Formadores


Márcia Regina Alves Gondim
Olá! Eu sou Márcia Regina Alves Gondim. Sempre fui apaixonada pelo mundo das letras (herança deixada por meus pais, apesar de não terem escolaridade formal). Cresci entre as bonecas, os livros e as revistinhas. Não deu outra: Tornei-me professora! Fiz magistério. Graduei-me em pedagogia: para Classes de Alfabetização e para Séries Iniciais. Passei pela formação continuada. Tornei-me especialista: para Classes de Alfabetização, Administração da Educação e para a Formação de Professores. Atualmente sou Mestre em Educação. Adivinha quem foi minha orientadora? Só podia ser Stella Maris Bortoni-Ricardo. Quanta aprendizagem! Fui professora Colaboradora do PIE/UNB/SEEDF (foi uma linda experiência!). No PIE aprendi o valor de uma educação continuada e o respeito às diferenças. Enquanto professora da SEEDF trabalhei com Classes de Alfabetização e Educação Infantil (minha grande paixão!). Hj trabalho nesta mesma rede como Coordenadora Intermediária de Educação Infantil, na Regional de Ensino de Taguatinga. Participei dos projetos de formação do Vira Brasília a Educação e da Escola Candanga (projetos que despertaram em mim a paixão de aprender!). Fui professora de Didática , de Metodologias de Ensino na UEG - Universidade Estadual de Goiás - Unidade de Formosa e Coordenadora do curso de Pedagogia, nesta mesma universidade. (Quanta gente linda!). Desde 2005 trabalho em uma belo projeto chamado Pró-Letramento (uma experiência que me leva a acreditar, a cada dia, na importância de uma Pedagogia Sensível). Trabalho (também) na Fac-Fortim - Uma instituição bacana, cheia de gente linda também. Este ano estou trabalhando no Alfabetização e Linguagem - Módulo 3 - Educação Infantil - Quanta coisa linda estou aprendendo!
Hoje estou aqui neste espaço de formação: aprendendo a cada momento. Descobrindo caminhos. Aprendendo a conhecer, a ser, a viver junto, a fazer... Em toda minha trajetória de vida a educação se fez presente. E nesta busca por uma educação de qualidade tenho vivido o mais belo sonho de sociedade: o sonho de construir um mundo onde as pessoas possam ser um pouco mais felizes ao encontrarem a educação como prática de liberdade.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Relação Dialógica Família x Escola

A escola é um dos espaços de educação da sociedade. Ao participar da vida dessa instituição a família poderá fazer uma relação entre a educação que acontece em casa e a que ocorre na escola.
Ela também se educará nessa troca e compreenderá melhor a sistemática e a lógica que rege a escola, dizendo o que quer, em que pode contribuir e certamente, saberá exigir mais. Essa participação deverá conter alguns elementos fundamentais como a existência de objetivos claros que orientem e possam dar sentido à presença da família no interior da escola, uma constância nessa presença, espaços de escuta.
É na família, que a criança aprende a se relacionar com outro, que aprende mitos, crenças e valores que traçam seu perfil como pessoa. De acordo com LIBÂNEO (2000). “A pedagogia familiar não deve estar desarticulada da pedagogia escolar” (p.85). As ações educativas sejam na escola, na família ou em outro ambiente não acontecem isoladamente, uma influencia a outra implícita ou explicitamente e se procederem de forma desarticulada pode levar ao fracasso escolar do aluno.
Portanto, entender a lógica dessa relação e torná-la proveitosa a vida escolar do aluno é necessário conhecer essa comunidade lançando mão de recursos disponíveis no ambiente escolar como questionário, entrevistas, reuniões e encontro de pais, feitos com relativa frequência. Quando os pais se envolvem na construção do projeto político pedagógico a garantia de êxito é maior. Há um entendimento das metas e objetivos propostos e a função social de cada um: Família e Escola.

Saiba Mais:
Oliveira, Zilma Ramos. Educação Infantil- Fundamentos e Métodos ed.Cortez
Família x Escola
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